Destaques
de Pesquisa

Evolução

do veneno de serpentes

Foram realizados estudos da diversificação e evolução de venenos de serpentes. Investigamos os venenos negligenciados das serpentes opistóglifas a partir de um estudo multiômico de Phalotris mertensi [4] e de uma meta-análise de sequências disponíveis de colubrídeos [5]. Mostramos que as serpentes opistóglifas apresentam novas famílias de toxinas, tais como MMPs e lipase A. Além disso, algumas tendências evolutivas dos venenos, como a simplificação estrutural de metaloproteinases, de forma semelhante às espécies proteróglifas. O impacto da glicosilação de proteína na variação de proteomas do veneno ainda é pouco compreendido. Analisamos os venenos de Bothrops e mostramos que a N-desglicosilação afeta de forma similar as atividades catalíticas das proteinases, sugerindo que as N-glicanas atuam nas atividades concertadas das proteinases no envenenamento [6]. Também relatamos que as glicoproteomas e N-glicomas do veneno de Bothrops contém um conjunto particular de componentes que define sua composição de forma acentuada, o que é conservado ao longo da evolução como outros marcadores moleculares que determinam sua classificação filogenética [6,7].

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