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O projeto começou no Instituto Butantan – local em que está instalado o CeTICS, e foi visto por mais de 10 mil pessoas no ano de 2017. “A ideia foi usar as pesquisas feitas no CeTICS e transformá-las em uma exposição móvel que chegue até alunos dos ensinos fundamental e médio. Nossa intenção é que a exposição sirva para que as crianças e adolescentes conheçam o que fazem os cientistas. Vendo nossas pesquisas, interagindo conosco, talvez eles possam começar a pensar em um dia se tornarem pesquisadores”, disse Mônica Lopes-Ferreira, diretora do Laboratório Especial de Toxinologia e coordenadora de Ciência da Educação e Difusão do Conhecimento do CeTICS.

Ao todo são oito painéis dispostos sobre rodas que apresentam o protozoário Trypanosoma cruzi e o zebrafish (Danio rerio), também conhecido como peixe paulistinha, modelo muito utilizado em pesquisa científica, e os animais: cascavel (Crotalus durissus terrificus), aranha-marrom (Loxosceles), lagarta-de-fogo (Lonomia obliqua), jararaca (Bothrops jararaca), peixe niquim (Thalassophryne nattereri), cujas toxinas podem resultar em novas aplicações na área da saúde, como anti-inflamatórios e pomadas.

“Apresentamos animais com que trabalhamos no CeTICS. Pesquisamos venenos e toxinas do ponto de vista de ferramentas biológicas, para encontrar substâncias dentro desses venenos que possam virar soluções para a saúde humana. A ideia da exposição é ser atrativa, despertar interesse. As crianças estão se interessando”, disse Lopes Ferreira.

A primeira escola a receber o projeto CeTICS sobre Rodas em 2018 foi o UNASP (Centro Universitário Adventista de São Paulo/Campus Hortolândia). A exposição ficou na instituição entre os dias 24 a 28 de setembro, no Prédio Escolar.

“Ter este tipo de exposição chegando ao nosso colégio é muito importante para que nossos alunos tenham conhecimento do que é ciência e como ela é feita. Isto traz informação de qualidade e relevante para os estudantes, abrindo portas para futuros cientistas e bons apreciadores da ciência”, afirma a professora Bruna Bonazzi, mestre em biologia e responsável pela exposição no Colégio.

O foco da exposição era para os alunos do ensino fundamental e médio e eles parabenizaram a iniciativa de trazer conhecimento cultural e científico, como comentou Juliana Santos, 14 anos. Entretanto, a exposição ficou no prédio escolar, onde acontecem também as aulas do ensino superior. Daniela Ponciano, aluna do curso de Publicidade e Propaganda visitou a exposição e já quer levar para o Shopping Prado Boulevard em Campinas, localizado em uma região privilegiada da cidade.

“Faço parte da equipe de Marketing, vi essa exposição incrível e acredito ser uma oportunidade maravilhosa levar esse conteúdo ao público do shopping. Independente da idade, classe social temos que apoiar e valorizar esse material e o trabalho de pessoas que estudam e se dedicam a melhorar nossa vida por meio da ciência, declara a estudante universitária”.