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Por Isadora Schmitt Caccia 

Carla Lima – pesquisadora da Unidade Imunorregulação do Instituto Butantan – e vice-coordenadora da Plataforma Zebrafish – participou no mês de maio do “Immunology 2018″ – Congresso de Imunologia promovido pela Associação Americana de Imunologia. O evento aconteceu na cidade de Austin, no estado do Texas.

“Quando eu fui ao congresso, com o apoio do CeTICS, a coordenação do programa fez a avaliação de pôster, me selecionou para apresentação oral, além de fornecer um prêmio em dinheiro”, conta a pesquisadora. O trabalho de Carla – em parceria com outros pesquisadores – investiga o mecanismo molecular implicado na inflamação neutrofílica aguda induzida pelo veneno da arraia de água doce.

“Ele gera ao contrário de outros tipos de venenos, a ativação não de mastócitos, mas de cardiomiócitos, produzindo a alarmina IL-33, que é essencial para o recrutamento de neutrófilos”, explica a cientista.

O laboratório de Imunorregulação (LETA/Instituto Butantan) trabalha com venenos de peixes brasileiros para entender a fisiopatologia dos envenenamentos caracterizados por dor, edema e inflamação. Uma das principais características da inflamação aguda é a infiltração neutrofílica nos tecidos.

“Percebi neste congresso uma grande participação de alunos com uma postura bastante profissional. Creio que esta troca com pessoas de diferentes perfis traz crescimento para nós como pesquisadores”, afirma a doutora.